Petição dirigida a: Reverendíssimo Senhor Arcebispo e Presidente da CNBB
PRESIDENTE DA CNBB, EXIJA, DO PRESIDENTE LUIZ INÁCIO DA SILVA, REPÚDIO PÚBLICO ÀS PERSEGUIÇÕES AOS CATÓLICOS NICARAGUENSES
PRESIDENTE DA CNBB, EXIJA, DO PRESIDENTE LUIZ INÁCIO DA SILVA, REPÚDIO PÚBLICO ÀS PERSEGUIÇÕES AOS CATÓLICOS NICARAGUENSES
Nicarágua é palco de uma perseguição contra os cristãos conduzida pelo ditador Daniel Ortega. O Núncio no país e religiosas foram expulsos, o bispo auxiliar de Managua exiliado, e o bispo Rolando José Álvarez foi condenado a 26 anos de prisão por defender as liberdades e direitos fundamentais dos fiéis a ele confiados.Outros sacerdotes também estão presos.
Segundo o Mecanismo para Prisioneiros Políticos da Nicarágua, até 31 de janeiro de 2023 a Nicarágua tinha 245 pessoas presas por motivos ideológicos ou de consciência. A maioria deles foram deportados recentemente para os Estados Unidos e tiveram decretada a perda da sua nacionalidade. Entre os 35 presos de consciência que ainda existe, além do bispo Álvarez, também estão os sacerdotes Manuel Salvador García e Leonardo Urbina.
No dia 25 de fevereiro, Ortega chamou a Igreja Católica de “máfia organizada" e proibiu atos públicos de fé - como vias sacras e procissões penitenciais - durante a Quaresma e Semana Santa deste ano, o que representa uma violação direta das liberdades religiosa e de culto. Bispos de diversas partes têm manifestado sua solidariedade com a Igreja em Nicaragua.
O atual governo do Brasil, por sua parte, longe de condenar a violação flagrante dos direitos humanos tem optado pelo silêncio. O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ibanez, pediu ao presidente Lula o repúdio às violações de direitos humanos por parte de Ortega e questionou se o mandatário brasileiro teria “ditadores de estimação”.
Para que prosperem ações firmes contra essa ditadura na OEA é indispensável o posicionamento claro dos países. Para frear a perseguição religiosa desatada pela ditadura de Ortega, o papel de Brasil é relevante. Sabendo que existem pontes de diálogo entre a Conferencia Nacional dos Bispos de Brasil e o presidente Lula, consideramos que ela deveria exigir um posicionamento firme do atual governo para que condene essa perseguição religiosa - que afeta a quase 3 milhões de católicos - e a sistemática violação dos direitos humanos no país.