Petição para parlamentares europeus
PRÉMIO SAKHAROV PARA OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO ORIENTE MÉDIO
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PRÉMIO SAKHAROV PARA OS CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO ORIENTE MÉDIO
Todos os anos o Parlamento Europeu concede o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento a indivíduos ou organizações que lutam pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. O prémio de direitos humanos é concedido por uma realização específica em defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, particularmente o direito à livre expressão, salvaguardando os direitos das minorias, o respeito pela lei internacional, o desenvolvimento da democracia e a implementação da lei. O Prémio Sakharov tem como objectivo homenagear indivíduos que combatem a intolerância, o fanatismo e a opressão.
Neste ano, uma coincidência peculiar da agenda institucional torna evidente a decisão política do laureado. No dia 25 de Novembro de 2014, quarta-feira, o Papa Francisco visitará o Parlamento Europeu e falará ao plenário numa reunião formal. No dia seguinte o Parlamento Europeu concederá o prémio de direitos humanos.
Numa época de perseguição crescente aos cristãos, a União Europeia deve aprimorar o direito humano da liberdade de religião e opor-se à perseguição contra os cristãos na Europa e em todo o mundo. Uma homenagem apropriada seria uma premiação conjunta para o Patriarca do Patriarcado Católico Caldeu da Babilónia, Louis Raphael Sako, e para o Professor Mahmoud Al’Asali.
Muitas organizações internacionais reportam a crescente perseguição aos cristãos: o Observatório contra a intolerância contra os cristãos, Portas Abertas e Ajuda à Igreja que Sofre. Até a Amnistia Internacional relata uma “limpeza étnica de escala histórica”.
Portanto, a União Europeia deve aprimorar a promoção da dignidade humana das minorias religiosas e a protecção dos direitos humanos, isto é, o direito humano da liberdade de religião (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Art. 18) e comprometer-se a agir concretamente contra a perseguição aos cristãos no Oriente Médio. Cristãos são mortos e têm de fugir de uma intensa perseguição no Iraque realizada por grupos terroristas islâmicos. Os cristãos no mundo árabe são pessoas deslocadas por causa de sua fé. A União Europeia deve chamar a atenção para o fato de que os cristãos têm o direito de exercer sua fé onde vivem.
Monsenhor Sako é a mais elevada autoridade religiosa dentre as minorias cristãs perseguidas. Com sua coragem e determinação, ele inspira muitas pessoas a defenderem aquilo em que seu povo acredita, isto é, lutar pela liberdade de religião dos indivíduos e chamar a atenção para a perseguição aos cristãos no mundo árabe e em todo o mundo.
O Professor Mahmoud Al’Asali receberá uma homenagem pós-morte. Al’Asali é o “muçulmano que deu sua vida pelos cristãos de Mosul”. Ele se recusou a ficar calado sobre a violência contra os cristãos de Mosul, obrigados a escolher entre a conversão ao islamismo, o pagamento da jizyah (o imposto islâmico para os não-islâmicos), o exílio ou o assassinato. Al’Asali teve a coragem de se opor a esse constrangimento brutal, que considerava contrário aos mandamentos islâmicos. Ele pagou com sua vida por seu comprometimento e foi assassinado por soldados do Estado Islâmico no dia 20 de Julho de 2014.
As nomeações devem ter o apoio de ao menos 40 membros do Parlamento Europeu ou de um grupo político. Os membros individuais só podem apoiar um candidato. Cada proposta deve ser assinada e deve incluir evidências de apoio. Todavia, é uma amarga surpresa o fato de que o partido democrata “Partido Popular Europeu” (PPE) virou suas costas para os cristãos perseguidos. Para o grupo de centro-direita do Parlamento Europeu, sempre muito interessado em destacar sua boa relação com a Igreja Católica, a defesa das minorias cristãs não é mais um problema político. Sempre prontos para se encontrarem com oficiais do Vaticano, os democratas cristãos do PPE perderam a oportunidade de agir concretamente e implementar suas promessas eleitorais no momento da nomeação de um laureado do prémio de direitos humanos do Parlamento Europeu.
As nomeações para o Prémio Sakharov podem ser feitas por grupos políticos de pelo menos 40 parlamentares (prazo final: 18 de Setembro, quinta-feira às 12:00 em Estrasburgo). Uma lista curta com três finalistas, baseada nas nomeações, será votada em uma reunião dos Comités de Desenvolvimento, de Relações Exteriores e no Subcomité de Direitos Humanos no dia 6 ou 7 de Outubro em Bruxelas. Os presidentes dos grupos políticos escolherão o finalista no dia 16 de Outubro, quinta-feira. A cerimónia de entrega do prémio no Plenário ocorrerá no dia 26 de Novembro às 12:00 em Estrasburgo.